Minas Gerais: déficit de efetivo no Corpo de Bombeiros preocupa

Minas Gerais: déficit de efetivo no Corpo de Bombeiros preocupa
Elizabete Guimarães/ALMG

O déficit de efetivo no Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) e suas implicações nos serviços prestados, além das medidas para corrigir o problema, foram destaques na arguição dos parlamentares à comandante-geral da corporação, coronel Jordana de Oliveira Daldegan. O contingenciamento realizado pelo governo de Minas em toda a administração, incluindo o CBM e a Polícia Militar de MInas Gerais (PMMG), também foi objeto de questionamentos. 

Todos essas autoridades participaram da reunião da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na terça-feira, dia 3 de junho, no âmbito da Prestação de Contas do Governo de 2025. O prestação de Contas é uma das estratégias do Assembleia Fiscaliza, iniciativa do Legislativo mineiro com objetivo de acompanhar a gestão do Estado em diversas áreas.

Respondendo aos  questionamentos dos deputados, Jordana Daldegan destacou que a corporação hoje tem um efetivo de 5888 bombeiros militares. Há déficit de efetivo por qualquer critério que se considere: pela Lei de Efetivo, o percentual seria de 26% e pela Lei de Responsabilidade Fiscal, de 4%. 

O presidente da comissão, deputado Sargento Rodrigues, manifestou sua preocupação com a defasagem de pessoal no CBM. Mesmo reconhecendo o esforço do comando de recompor o efetivo, o parlamentar perguntou sobre a convocação de excedentes nos concursos em vigor. Ele lembrou do acidente em 2024 com o helicóptero da corporação (matando dois oficiais bombeiros e um médico e um enfermeiro), que teria sido causado pelo excesso de trabalho dos profissionais.

A coronel, primeira mulher a assumir o comando do CBMMG, respondeu que há três concursos em andamento: no Centro de Formação de Oficiais (CFO), são 22 vagas; para a área de saúde, cinco; e no curso de formação de soldados, são 303 vagas, sendo 291 para combatentes e 12 para especialistas. Há também os concursos internos dos bombeiros, com 63 vagas. Ela valorizou ainda a conquista do auxílio alimentação pela categoria. 

Sobre a jornada de trabalho, a comandante disse que atualmente há um acompanhamento mais próximo das escalas, buscando aprimoramentos, como o melhor controle do horário, e a criação de um sistema de banco de horas, que facilita a visualização pelos bombeiros.

Fonte: ALMG